21/08/2012

A história do Vitão


por Victor Martins

Nasci em um lar católico, fui batizado na igreja católica e meus pais se diziam católicos, o tempo foi passando e quando eu tinha aproximadamente 7 anos de idade minha família começou a frequentar uma igreja evangélica, aprendi muitas coisas a partir de então, as palavras ministradas nos cultos das crianças ficavam fixadas em meu coração e começavam a gerar alguns princípios, com o passar do tempo comecei a querer decidir sozinho, não queria ir à igreja, com 11 anos de idade já me achava grande demais, meus irmãos mais novos ainda eram praticamente bebês, precisavam de atenção 24 horas, minha mãe dava essa assistência e meu pai trabalhava muito, em alguns dias me lembro de não ter visto o meu pai, pois ele saia quando eu estava dormindo e quando voltava, eu já estava dormindo novamente.


Aproveitei dessa situação e comecei a sair muito na rua durante o dia e me envolver com más companhias e aprontar muito, brigava na rua, mentia pro meus pais e ainda com 11 anos de idade, comecei a sair há alguns lugares que não é bom pra ninguém, comecei a ir a bailes com essa idade, pois com 11 anos já aparentava ter uns 15, por causa do meu porte físico e do meu jeito.

Nesta época também jogava futebol no Centro de Treinamento do Fluminense em Xerém/RJ, meu maior sonho era ser um jogador de futebol, meus olhos brilhavam com isso, guardava fotos para o dia que eu fosse dar uma entrevista para a rede Globo, esse era o maior orgulho do meu pai, todos os conhecidos dele sabiam sobre mim e por tanto ele falar, todos pensavam que eu era uma promessa do futebol.

Meu envolvimento com más companhias não parou e depois de um tempo não era mais tão influenciado e até passei a influenciar também, aos 12 anos comecei a fumar cigarro quando saia e a beber também, aos 13 experimentei maconha, mas não gostei muito, pois apesar de fazer tudo isso tinha algo dentro de mim que dizia que nada disso era certo, mesmo assim eu continuava com a minha vida, saindo, mentindo, jogando futebol e aprontando muito, fugia do colégio e estava sempre arrumando uma briga por aí, quando estava prestes a completar 14 anos, algo muito sério aconteceu, eu e um amigo em um sábado de manhã decidimos dar uma volta pela cidade antes de viajarmos pra Angra dos Reis, porém nessa volta resolvemos roubar algumas coisas por onde passávamos e passamos em dois lugares e subtraímos objetos, no último desconfiamos que estávamos sendo observados e resolvermos sair correndo, no meio do caminho um homem sacou uma arma, se identificou como policial e perguntou porque estávamos correndo apavorados, nós ficamos assustados e quando ele nos revistou viu que estávamos com objetos roubados, logo acionou a viatura e fomos detidos no meio da Avenida Amaral Peixoto, com muita gente olhando, fiquei perplexo, nunca tinha acontecido algo parecido, naquele momento só pensava nos meu pais.

Fui colocado sozinho em uma cela escura e fria, eu não parava de chorar, fui tratado como um homem perigoso e pra mim eu era só um adolescente que queria ser um pouco mais aventureiro, mas paguei caro por isso, meus pais foram avisados e chegaram aos prantos na delegacia, fui destinado pelo Ministério Público a prestar serviço comunitário e na lista desta prestação estava a Igreja Presbiteriana Viva, minha família nesta época estava desviada, mas logo escolheram a igreja, meu pai foi extremamente chateado conversar com o Pr. José Elias que o atendeu e o aconselhou com todo amor.

Fiquei durante três meses dando aula de futebol para as crianças do lar pedacinho do céu que na época pertencia a IPV, foi este meu serviço comunitário, foi um aprendizado muito grande pra mim, conheci histórias incríveis de crianças maltratadas e abandonadas pelos pais com vidas totalmente opostas da minha e lá comecei a me aproximar da igreja novamente, pois tinha que ir a igreja e orar com as crianças.

Quando tudo isso acabou parei um pouco de me envolver com as coisas de antes, mas ainda continuei saindo e continuei distante de Deus, mas parecia que meu tempo estava contado para isso, com tudo que aconteceu meus pais já haviam voltado pra igreja e minha mãe orava muito para que eu me convertesse e falava muito sobre isso comigo, um dia ela me falou sobre uma IPV que tinha aberto perto da nossa casa e por tanto ela insistir eu fui, mas disse que se o pastor fosse chato, não voltaria nunca mais.

Encantei-me pela mensagem pregada, gostei muito do pastor Hesmón, um homem de Deus e no segundo culto que eu fui, fui chorando aceitar Jesus como Senhor e Savaldor da minha vida, na outra semana já não fazia mais nada do que fazia antes, meus amigos ficaram sem entender nada, achavam que eu tinha sofrido uma lavagem cerebral ou algo parecido.

As coisas começaram a acontecer rapidamente em 2009 com 16 anos eu me batizei e logo depois comecei a namorar uma irmã da igreja, neste tempo meu joelho já estava com um problema e eu já tinha cansado de tentar me dar bem no futebol então decidi parar, foi muito difícil pra mim e pro meu pai, era o nosso maior sonho.

Foi um tempo bom, comecei a me envolver com os ministérios da igreja, diaconia, consolidação e fomos direcionados por Deus a ir para a sede, IPV Voldac, fomos consagrados diáconos e pela misericórdia de Deus nos tornamos líderes do ministério de missões da igreja e nesta época tive um contato muito grande com missões e Deus me falou que nasci pra pregar a palavra aonde Ele quisesse.

Com 17 pra 18 anos tudo parecia muito bom, cresci muito em tudo, mas o namoro que passou a ser noivado não estava bem, brigávamos muito e não havia acordo em nada, já havíamos marcado a data do casamento e comprado algumas coisas, festa paga, Buffet pago e ela decidiu terminar faltando dois meses pro casamento, sofri muito com isso, além da dor de um sonho jogado fora, tive que ouvir calúnias dentro da própria igreja, fiquei arrasado, confesso que isso me abalou com Deus e por um tempo curto me distanciei, chorava quase todos os dias, minha família e os verdadeiros amigos me ajudaram muito.

Minha vontade de servir a Deus foi maior, decidi nunca mais fazer algo em que não ouvisse nitidamente o sim de Deus, comecei a caminhar novamente, desta vez mais ativo na juventude, as coisas começaram a acontecer na minha vida, tirei carteira, terminei o ensino médio, comecei a trabalhar, comprei um carro e logo depois entrei na faculdade de Direito, fui normal, como qualquer jovem, tentei namorar de novo, tinha muitos amigos, saía com os jovens da igreja e voltei a ser feliz com Jesus!

Até que então conheci uma menina linda na rede de jovens e através de uma brincadeira em um retiro espiritual comecei a conversar com ela, começamos a cortejar orientados pelo Pr. Éder e fomos orando e nos envolvendo, logo Deus confirmou e foi rápido antes de um ano de namoro casamos, foi uma benção, algo que eu sempre quis aconteceu.

Meu casamento é uma benção e hoje fazemos parte da liderança da juventude, temos uma célula e temos convicção que Deus nos chamou pra muito mais, estamos nas mãos dEle, pra fazer o que Ele quiser, onde Ele mandar.

Eu não tinha nada e agora eu tenho vida e uma história nova e linda, escrita pelo dedo de Deus!!!

4 comentários:

  1. Glória a Deus!!!
    Acompanhamos toda a história do Vitor e Cremos que Deus tem sido Fiel e tem muito para para Eles...
    Amamos vcs!!!! Abraços Jú e CriS

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  2. Nossa!!!! Me deu até vontade de chorar... acompanhamos tudo de perto também rsrsrs ^.^... Deus tem um plano maravilhoso na vida desse menino, hoje um homem com uma esposa linda. Que os planos de Deus se cumpram em sua vida!!!
    TE AMAMOS MUITO!!! Jessyka, Felippe e Luiz Felippe

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  3. Que emocionante a sua historia Vitor, que bom voê está no caminho de Deus e mais ele fará. Você é um irmão querido e eu te amo muito!
    Fiquei tão feliz om a sua historia.
    Que Deus abençõe seu casamento e sua vida sempre!
    Gabriel

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  4. Glória a Deus, Ele é lindo! Só ele pode mudar nossa vida desse jeito, louvo a Deus por tudo q Ele fez na sua vida e da Bárbara, e ainda fará. Raila

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