Ser Maria-vai-com-as-outras, não significa deixar de ouvir a opinião alheia, ou seus pais, que não deva dar atenção à experiência dos mais velhos, ou que não possa buscar influências e exemplos de vida. Ser Maria-vai-com-as-outras é não utilizar a “personalidade própria”. É querer ser outra pessoa e/ou ser o que não é.
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Quando meu pai era mais jovem (gostou do "mais", né, pai?!), ele e meu tio (José Elias) eram pedreiros. Algumas vezes passamos por lugares (principalmente em Volta Redonda e Pinheiral) e meu pai apontou: “nós que construímos!”. E eu cresci tendo bastante contato com OBRAS e CONSTRUÇÕES. E eu amava isso! Até mesmo depois que meu pai começou a dedicar-se 100% ao pastoreio, nós víamos revistas - merchandising: “Arquitetura e Construção” -, fizemos juntos a planta da nossa casa (na Voldac). Enfim... Foi uma influência significativa na minha vontade de me tornar uma Engenheira! E desde a quinta série, eu tinha paixão por Engenharia (principalmente a Civil).
Na minha vida, eu não costumo fazer planos imutáveis! Como assim? Eu tenho sonhos pequenos, grandes e até impossíveis (aos meus olhos). E planos a curto, médio e longo prazo. A minha intenção, a princípio, era terminar o Ensino Médio e cursar Eng. Civil. Mas em 2005, quando eu concluí, Deus me propôs uma nova experiência: a ETM. E eu aceitei. Me formei em 2006 - E não pense que eu perdi esses 12 meses da minha vida! Eu ganhei! E muito mais do que eu pensava - O Plano foi mudado, mas foi mudado por Deus. E isso faz toda a diferença.
Terminei e passei para Matemática na CEDERJ, mas meus pais foram transferidos para São José dos Campos. O plano foi mudado (por Deus). Em 2009 houve mais uma mudança. Viemos para Taubaté. E Deus disse que me sustentaria e que realizaria um dos meus sonhos aqui. Sem conhecer nada, nem ninguém, fiz vestibular e me inscrevi para as duas faculdades da cidade. Passei e ganhei 50% de bolsa para cursar Eng. Elétrica. Mas eu tinha prazo pra fazer a matrícula e não tinha como pagar. E orei: “Senhor, eu não tenho esse dinheiro. E eu gostaria de fazer Eng. Civil, mas o Senhor me conhece mais do que eu mesma. Se eu “levo jeito” para Eng. Elétrica mesmo, então me ajuda!!!” No mesmo DIA, uma das irmãs do meu pai, nos visitou em Taubaté, e me entregou em um domingo, o valor exato da matrícula, que eu deveria pagar na segunda. Deus é fiel demais! Me matriculei e desde então tenho cursado Engenharia! Muita gente diz: “Que doideira! Matemática, física, muito homem... muito difícil”. E eu digo: “Eu tenho um sonho!”.
Eu tinha uma meta: que antes de concluir o terceiro ano, eu queria estagiar. Deus me deu mais um presente. O meu currículo chegou às mãos do diretor de uma empresa americana, a Emteq, que trabalha com projetos elétricos de aeronaves. E em 10/2011 (2 meses antes de concluir o terceiro ano)... Eu fui contratada, não como estagiária, mas como funcionária efetiva (foi melhor do que meu plano).
O que eu quero dizer com isso? Lute pelos seus sonhos, não os dê como FINAIS, porque os planos de Deus sempre são maiores, mas tente alinhar os seus desejos com a vontade de Deus. “Agrada-te do Senhor... E Ele satisfará os desejos do seu coração”. E Aquele que PODE fazer qualquer coisa... É muito mais importante do que qualquer outra “mania de Maria” que porventura esteja na MODA.
Eu sei que (pelo menos) duas pessoas intercedem por mim para que tudo isso aconteça: minha mãe e a pastora Jane Célia. Então, é isso! Deus faz mesmo! O desejo dEle é nos fazer feliz. Faça até onde você pode! E quando você não puder mais, tá na hora de clamar ao Senhor!
Ozires Silva (o fundador da Embraer) sonhou em construir Aeronaves, em um país que o povo mal utilizava aviões (Brasil). De militar a Piloto, de piloto a Engenheiro Aeronáutico, de funcionário do ITA, a Presidente e Fundador da Embaer - hoje uma das maiores potências do Brasil, a maior fabricante de aeronaves, de até 120 passageiros, do mundo - Ele acreditou, lutou e alcançou!
Deus está do nosso lado! Saiba quem você é, seja você mesma, descubra pra que foi criada! E sonhe!!!
"Duas lagartas teceram cada uma seu casulo. Naquele ambiente protegido, foram transformadas em belíssimas borboletas. Quando estavam prestes a sair e voar livremente, vieram as ponderações. Uma borboleta, sentido-se frágil, pensou consigo: ”A vida lá fora tem muitos perigos. Poderei ser despedaçada e comida por um pássaro. E mesmo se um predador não me atacar, poderei sofrer com as tempestades. Um raio poderá me atingir. As chuvas poderão colabar minhas asas, levando-me a tombar no chão. Além disso, a primavera está acabando, e se faltar o néctar? Quem irá me socorrer?”. Os riscos de fato eram muitos, e a pequena borboleta tinha suas razões. Amedrontada, resolveu não partir. Ficou no seu protegido casulo, mas como não tinha como sobreviver, morreu de um modo triste, desnutrida, desidratada e, pior ainda, enclausurada pelo mundo que tecera. Após essas considerações, ele nos disse:
— A outra borboleta também ficou apreensiva; tinha medo do mundo lá fora, sabia que muitas borboletas não duravam um dia fora do casulo, mas amou a liberdade mais dos que os acidentes que viriam. E assim, partiu.
Voou em direção a todos os perigos. Preferiu ser uma caminhante em busca da única coisa que determinava a sua essência."
Augusto Cury
Por Kamila Figueiredo
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